O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil, consolidou-se como o meio de pagamento mais utilizado no país.
Apenas quatro anos após seu lançamento, o Pix já é usado por 76,4% da população brasileira, ultrapassando métodos tradicionais como o cartão de débito (69,1%) e o dinheiro físico (68,9%). Os dados foram divulgados na pesquisa “O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro”, realizada pelo Banco Central.
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O crescimento do Pix no Brasil
A pesquisa mostra que o Pix teve uma rápida aceitação em todas as regiões e classes sociais. Em termos de frequência de uso, ele lidera com 46,1%, seguido pelo dinheiro (22%) e cartões de débito (17,4%) e crédito (11,5%). Essa mudança reflete o impacto da digitalização promovida pelo Banco Central.
Uso do Pix por faixa etária e gênero
- Idade: o uso do Pix é mais comum entre pessoas de 16 a 44 anos, com índices superiores a 87%. No entanto, a adesão é menor entre pessoas com mais de 60 anos, alcançando 43,9%.
- Gênero: o sistema é utilizado por 78,4% dos homens e 74,5% das mulheres, demonstrando uma aceitação equilibrada.
Motivos para o sucesso do Pix
O Pix é amplamente reconhecido por suas vantagens. Segundo o levantamento, ele é o meio de pagamento mais lembrado em critérios como:
- Segurança;
- Facilidade de uso;
- Custo zero para usuários;
- Rapidez nas transações;
- Ampla aceitação em estabelecimentos comerciais.
Adicionalmente, funcionalidades como o Pix Automático e o Pix por Aproximação, já disponíveis, prometem expandir ainda mais sua adoção nos próximos anos.
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O papel do dinheiro físico na economia
Embora o Pix tenha se tornado o principal meio de pagamento, o dinheiro físico permanece relevante. Ele ainda é utilizado por 68,9% da população e desempenha um papel importante para pessoas de baixa renda:
- Renda de até 2 salários mínimos: 75% ainda utilizam dinheiro;
- Renda acima de 10 salários mínimos: apenas 58,3% fazem uso frequente de cédulas e moedas;
Além disso, o dinheiro é mais usado por pessoas acima de 60 anos, com 72,7% declarando utilizá-lo regularmente.
Desafios e perspectivas
Apesar da crescente digitalização, desafios permanecem. Muitos brasileiros ainda desconhecem os elementos de segurança das cédulas e moedas, como marca-d’água e textura em alto-relevo. Apenas 5,5% da população reconhece mais de três itens de segurança, segundo o Banco Central.
Outro ponto levantado na pesquisa é a escassez de cédulas e moedas de valores baixos, como as de R$ 2,00 e R$ 5,00, e moedas de R$ 0,50 e R$ 1,00.
O futuro dos pagamentos no Brasil
A pesquisa do Banco Central sugere que o uso do Pix deve crescer ainda mais, impulsionado por inovações e pela busca por praticidade. A próxima edição do levantamento, prevista para 2027, deve mostrar um cenário ainda mais digitalizado, com uma possível diminuição na utilização de dinheiro físico.
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